Meu nome é
Angelo Flesch. Sou graduado em Publicidade e Propaganda, pós-graduado em MBA em Design Digital e Branding, e também em Gestão de Mídias Sociais. Atuo como publicitário em uma Instituição de Ensino, onde sou responsável pela criação de campanhas de Vestibular, Pós-Graduação e Mestrado. Mas antes de tudo isso, minha paixão por criação — e principalmente por fotografia e design — nasceu de uma influência que me acompanha desde a adolescência:
Cyndi Lauper.
Cresci em uma casa em que a música era parte do cotidiano. Meus pais compravam LPs de diversos estilos, tanto para eles quanto para nós, os filhos. Eu sempre fui fascinado pelas capas dos discos. Quando criança, costumava analisá-las de perto, com curiosidade, tentando entender como aquelas imagens eram feitas, como as cores se misturavam, como o visual conversava com a música.
Em 1995, quando os LPs começavam a dar lugar aos CDs, comprei um disco que mudou tudo para mim: Twelve Deadly Cyns... And Then Some, da Cyndi Lauper. O vinil, lançado apenas no Brasil, me chamou atenção pela capa intensa, com cores fortes como vermelho e amarelo, que pareciam saltar aos olhos. Aquilo me impactou profundamente. Foi nesse momento que minha admiração por Cyndi nasceu — não só pela música, mas por toda a construção visual ao redor dela.
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Foto Crédito: Lucas Lourenço |
A partir dali, comecei a buscar tudo o que podia: discografia completa, entrevistas, matérias antigas, reportagens, qualquer conteúdo sobre ela. Como não tínhamos computador em casa, eu criava minhas próprias capas de coletâneas com músicas raras da Cyndi — tudo feito à mão, com lápis de cor, colagens e papel colorido. Mal sabia eu que estava, ali mesmo, desenvolvendo meu olhar criativo, que mais tarde se tornaria parte essencial da minha vida profissional.
Com o tempo, comecei a perceber uma lacuna estranha: por mais talentosa, inventiva e pioneira que fosse, Cyndi Lauper parecia ter sido propositalmente deixada de lado por parte da grande mídia e da indústria musical. Quando comecei a ler mais sobre sua carreira — e principalmente sobre os bastidores — descobri o que muitos fãs ao redor do mundo também estranham até hoje: o boicote silencioso que ela sofreu. Artistas com impacto muito menor recebiam destaque, enquanto Lauper, mesmo inovando em estilos e quebrando padrões, era ignorada ou marginalizada em premiações e rádios.
Essa constatação me deixou profundamente indignado. Como alguém tão criativa, com contribuições tão ricas à cultura pop, pôde ser deliberadamente apagada de tantos espaços? A falta de informação sobre isso me motivou ainda mais a pesquisar, divulgar e preservar a história de sua carreira. Foi essa indignação — misturada ao carinho e à admiração que eu já sentia — que me impulsionou, junto com meu amigo Juliano Centena, a criar em 2000 o Wanna Have Fun Fan Club. Tudo ainda era feito por carta, em uma época sem redes sociais e com pouquíssimo conteúdo acessível. Em 2004, já com acesso às lan houses, criei também um fan site dedicado à artista, como forma de reunir e compartilhar tudo que eu conseguia encontrar — e também produzir — sobre ela.
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Foto Crédito: Annie Leibovitz |
Nos últimos anos, acabei me afastando um pouco desse universo para focar intensamente na minha carreira profissional. Foram anos de crescimento, aprendizado e dedicação ao meu trabalho com comunicação, publicidade e design. Mas essa pausa também fez crescer dentro de mim uma vontade: a de retomar algo que sempre me deu prazer. Foi assim que nasceu o Cyndi Lauper Reloaded, meu novo blog dedicado à artista. A ideia é revisitar essa trajetória como fã, pesquisador e criador de conteúdo, trazendo artigos sobre a carreira de Cyndi, curiosidades, análises visuais e, quem sabe, até matérias com outros fãs que também têm uma história bonita com ela.
Hoje, além de trabalhar com publicidade e design, sigo trazendo comigo essa mesma essência: a de criar com alma, com cor, com significado. E tudo isso começou lá atrás, com uma capa de disco e uma artista que, sem saber, ajudou a moldar o profissional e o criador que sou hoje.
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